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Primeiras Impressões de Tainted Grail: Fall of Avalon

01 Apr 2025

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Primeiras Impressões de Tainted Grail: Fall of Avalon — RPG sombrio nas lendas arturianas

Tem jogo que já te ganha pela capa. Tainted Grail: Fall of Avalon foi um desses. Assim que vi que se tratava de um RPG em primeira pessoa, com uma pegada sombria baseada nas lendas arturianas, já fiquei interessado. E depois de umas 8 horas de gameplay, posso dizer: ele entrega exatamente o que promete — um mundo decadente, denso, misterioso... e nada generoso com quem acha que vai ser o herói da história.


A ambientação é o primeiro soco no estômago: vilarejos em ruínas, névoa por todo lado, gente estranha sussurrando coisas piores ainda. É aquele tipo de jogo em que você anda devagar, não porque o personagem é lerdo, mas porque o ambiente te faz respeitar o silêncio. Tem algo na forma como a trilha sonora e os cenários trabalham juntos que te deixa em constante alerta — do jeito que um bom RPG sombrio deve fazer.


Subir de nível aqui é mais do que ganhar números

Uma das coisas que mais curti foi o sistema de progressão. Sabe quando você coloca pontos em atributos e sente que o jogo realmente muda? Acontece aqui. Seja ficando mais forte no combate direto, mais eficiente em ataques furtivos ou até mais convincente nos diálogos, Fall of Avalon faz questão de mostrar que você está ficando mais perigoso — ou, pelo menos, menos miserável.


Não é um daqueles sistemas cheios de árvores infinitas que só servem pra confundir. Aqui, cada escolha tem um impacto real e palpável. E isso faz com que o ato de upar não seja só rotina, mas algo que você espera ansiosamente, tipo conseguir aquele item raro depois de um chefão difícil.


A lenda aqui é suja, pesada 

Se você é como eu e curte quando as lendas arturianas ganham uma camada de sujeira e desespero, Fall of Avalon é um prato cheio. Nada de castelos brilhantes ou cavaleiros de armadura reluzente — aqui, até o nome Arthur parece algo dito com desprezo. O jogo constrói um universo onde o misticismo existe, mas está corrompido. Onde o sagrado virou ferramenta de manipulação. E onde ninguém parece ter um pingo de esperança sobrando.


A narrativa se constrói aos poucos, por meio de livros, conversas e detalhes do cenário. Nada mastigado. O jogo respeita o jogador o suficiente pra confiar que você vai ligar os pontos — e eu sempre aprecio isso. A cada descoberta, você sente que está cavando mais fundo em um buraco sem fundo… e, sinceramente? Eu gosto dessa sensação.


Streamar? Só se for sem som

Agora, deixa eu abrir um parêntese importante pra quem pensa em jogar ao vivo: cuidado com a trilha sonora. Sério. As músicas são excelentes, imersivas, bem compostas… e protegidas por direitos autorais. Em outras palavras: se você tentar streamar com o som ligado, vai colecionar avisos de copyright como se fossem troféus.


Foram vários. E olha que eu nem estava com música alta — estava só tentando jogar e compartilhar a experiência. Mas parece que Avalon não curte muito exposição. Seria ótimo se o jogo tivesse um modo streamer ou trilha liberada, especialmente por ainda estar em acesso antecipado. Mas enquanto isso não rola, desliguei a música e encerrei as lives. Se for pra continuar essa jornada, vai ser no modo offline mesmo — só eu e meus pensamentos.


Vale a pena?

Com todos os problemas técnicos ainda típicos de um acesso antecipado, Tainted Grail: Fall of Avalon ainda conseguiu me prender. Parte disso é o universo bem construído, parte é o sistema de progressão, mas o que mais me atraiu foi a forma como ele trata as lendas arturianas com respeito e decadência ao mesmo tempo.


É como se alguém pegasse Skyrim, drenasse toda a cor, aumentasse o peso do mundo e dissesse: "Agora sim, temos uma lenda". E olha, funcionou. O jogo tem alma. Mesmo com algumas falhas, ele tem aquele algo a mais que me faz querer voltar.


Então sim, vou continuar jogando. Só que agora em silêncio — só o som ambiente da minha placa de vídeo rodando Avalon ...


Aqui voce encontra a minha stream :


 

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